Quem testemunha seus sustos?
- Raquel Mazo
- 28 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de nov. de 2024
Em seu diário de viagem a velejadora solitária Tamara Klink escreveu
“Me acostumei a estar só […] ver ondas cobrindo o barco sem me expressar - não havia com quem compartilhar o susto.”
Ela percebeu o quanto é necessário, porém inútil, expressar um susto quando se está só. Sua escrita é o meio que encontrou de compartilhar o que vive e aplacar a solidão em mar aberto.
Traumas são assim: sustos vividos sozinhos. Arrebatamentos que não puderam ser compartilhados em um momento da vida que em que era imprescindível estar acompanhado.

A maior parte das pessoas não encontra formas de lidar com os traumas, não desenvolve recursos para lidar com os sustos (naturais ou trágicos) que a vida prega.
E olha que eles começam cedo… e não cessam: no útero, no parto, nos primeiros passos, nos primeiros relacionamentos, no primeiro emprego, diante de perdas, do envelhecimento, da proximidade da morte, …
Os impactos nos chegam como ondas gigantescas que cobrem esse pequeno barco, a mente. Sobrevivemos, porém há consequências.
Em uma psicoterapia psicanalítica os traumas são revisitados na companhia de alguém interessado em estar junto para testemunhar esses eventos que ficaram congelados no tempo.
Assim eles se tornam memórias, histórias, sabedoria e abrem espaço para novas experiências, novas viagens, novas ondas arrebatadoras.
PSICOTERAPEUTA DE CASAL

Sou Raquel Mazo, psicóloga CRP 06/112414, mestra em psicologia, especialista em psicologia clínica e pós-graduanda em psicanálise vincular.
Psicoterapia psicanalítica, psicoterapia de casal e família
Psicóloga em Ribeirão Preto
Atendimento on-line em todas as cidades e países
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